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Santo do dia 17 de março

Santo do dia 17 de março | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 17 de março: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Patrício bispo, apóstolo da Irlanda

Um rapaz de oração

Maewyn Succat, seu nome de Batismo, nasceu na Bretanha Romana, entre os anos 385 e 392, em uma família cristã. Com a idade de dezesseis anos, foi sequestrado por um grupo de piratas irlandeses e levado para o norte da Irlanda, onde foi vendido como escravo. Na sua “Confissão”, assinada como Patricius, narra a experiência daqueles anos: «O amor e o temor a Deus cresceram em mim, como também a fé. Em um dia, rezava uma centena de orações; à noite, quase o mesmo tanto. Rezava nos bosques e nas montanhas, até antes da aurora. “Nem a neve, nem o gelo, nem a chuva me extraviavam».

Após seis anos de prisão, Patrício teve um sonho premonitório que a sua liberdade era iminente; obedecendo a visão, que teve de noite, enquanto dormia, escapou da vigilância e percorreu cerca de 200 quilômetros a pé até chegar ao litoral. Ali conseguiu atrair a compaixão de alguns marinheiros, que o levaram consigo e o reconduziram à Bretanha, onde pôde abraçar a sua família.

Outra visão

Poucos anos depois, Patrício teve outra visão, que a descreveu sempre em suas “Confissões”: «Vi um homem que vinha em minha direção, como se estivesse vindo da Irlanda; ele se chamava Vitorico e trazia consigo algumas cartas e me entregou uma. Li a primeira linha, que dizia: “Invocação dos irlandeses”. Enquanto a lia, parecia ouvir as vozes dos que moravam na floresta de Vocluto - o lugar da sua prisão, perto do mar ocidental; - parecia que estavam me implorando, chamando-me “jovem servo de Deus”, para que eu fosse até lá».

Esta visão reanimou Patrício a prosseguir seus estudos de formação, vindo a ser ordenado sacerdote por Dom Germano, Bispo de Auxerre. No entanto, ainda não havia chegado a hora de realizar seu sonho de evangelizar a Irlanda. A sua candidatura ao ministério episcopal, em vista do seu envio à Irlanda, foi-lhe negada por causa de uma sua presumível falta de preparação, devido à irregularidade dos estudos. Este desgosto permaneceu por muito tempo em Patrício, que admitiu em suas “Confissões”: «Não estudei como os outros, que se nutriram, de igual medida, do direito de aprender a Sagrada Escritura, por terem aperfeiçoado a língua, desde a infância. Eu, ao invés, tive que aprender uma língua estrangeira. Alguns me acusam de ignorância e de falar de modo gago; mas, na verdade, dizem que os que falam de modo gago aprendem, rapidamente, a falar de paz».

Bispo da Irlanda

Finalmente, em uma data desconhecida, entre os anos 431 e 432, Patrício foi consagrado Bispo da Irlanda pelo Papa Celestino I. Assim, chegou a Slane em 25 de março de 432. O Bispo que o havia precedido, Dom Palladio, tinha regressado desanimado à sua pátria, após menos de dois anos de missão. Logo, Patrício teve que enfrentar sérias dificuldades: o chefe de uma das tribos dos druidas procurou matá-lo; por isso, foi preso por sessenta dias.

Apesar das tribulações, Patrício continuou sua obra missionária, por quarenta anos, conseguindo converter milhares de irlandeses, implantando a vida monacal e fixando a sede episcopal em Armagh.

O trifólio

Segundo a tradição, São Patrício usava explicar o mistério da Santíssima Trindade mostrando um trifólio, no qual três folhinhas são interligadas por uma única haste. O primeiro testemunho disso remonta ao ano 1726, mas esta tradição poderia ter raízes bem mais antigas.

As imagens de São Patrício o representam, muitas vezes, com uma cruz, em uma mão, e um trifólio, na outra. Por isso, hoje, o trifólio é o símbolo da festa de São Patrício, que se celebra em 17 de março, dia da sua morte, ocorrida em 461, em Saul. Seus restos mortais foram trasladados para a catedral de Down, que, desde então, passou a ser chamada Downpatrick.

S. João Sarkander, presbítero e mártir

Dia 20 de dezembro de 1576: João Sarkander nasceu em Skoczów, na Silésia. Quando jovem, estudou no colégio jesuíta de Olomouc, na Universidade de Praga e fez faculdade de Teologia em Graz.
Ele queria se casar, mas antes do casamento, sua noiva faleceu. Depois do período de luto, completou seus estudos de Teologia e, com 32 anos de idade, foi ordenado sacerdote.
Em 1616, João foi nomeado pároco de Holešov. Naquele tempo, iniciou-se um período de fortes tensões, por causa da revolta dos nobres da Boêmia, de maioria protestante, contra o Império da Áustria. Os jesuítas deixam Holešov e, logo depois, em 1619, João Sarkander fez uma peregrinação a Częstochowa.

Martírio

Permaneceu na Polônia por cinco meses e, depois, voltou para Holešov, enquanto a Morávia era palco de devastações e saques pelas tropas polonesas. Holešov foi poupada porque os fiéis, em procissão eucarística, guiados pelo Padre João Sarkander, foram ao encontro dos soldados poloneses. Este sacerdote da Morávia era acusado de espionagem, em favor do rei polonês, que interveio, com suas tropas, para apoiar o imperador da Áustria. João passou por interrogatórios e por cruéis e prolongadas torturas. Após um mês de sofrimento, faleceu na prisão aos 46 anos. Era o dia 17 de março de 1620.

Canonização

Outra data significativa é o dia 21 de maio de 1995, dia da sua canonização. Em sua homilia, o Papa João Paulo II destacou que a figura de São João Sarkander «se revestiu de uma luz excepcional, sobretudo no fim da sua vida, quando foi preso e recebeu do Senhor a graça do martírio. Em uma época de turbulência, ele representou um sinal da presença de Deus, da sua fidelidade em meio às contradições da história. Sua canonização - concluiu na ocasião o Papa Wojtyla – vai, acima de tudo, à honra de todos aqueles que, não apenas na Morávia e na Boêmia, mas em toda a Europa Oriental, optaram pela privação dos seus bens, a marginalização e morte, ao invés de se submeterem à opressão e à violência».

Calendário Litúrgico

17 de março: Segunda-feira da 2ª semana da Quaresma

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: Dn 9,4b-10
Salmo Responsorial: Sl 78(79),8.9.11.13 (R. Sl 102(103),10a)
Evangelho: Lc 6,36-38

Cor Litúrgica: Roxo

Reflexão

  • Deus me deu a sua infinita misericórdia, e através dela contemplo e adoro as outras perfeições divinas ...! Então, todos eles me parecem radiantes de amor; até a justiça (e talvez esta ainda mais que todas as outras) parece-me revestida de amor (Santa Teresa de Lisieux)

  • Deus não pode simplesmente ignorar toda a desobediência dos homens, todo o mal da história: não pode tratá-lo como algo irrelevante e insignificante. Esse tipo de “misericórdia” e “perdão incondicional” seria uma “graça a preço baixo”. ‘Se formos infiéis, Ele permanece fiel, porque não pode negar-se a si mesmo’ (cf. 2Tm 2,13) (Bento XVI)

  • Ora, e isso é temível, esta onda de misericórdia não pode penetrar nos nossos corações enquanto não tivermos perdoado àqueles que nos ofenderam. O amor, como o corpo de Cristo, é indivisível: nós não podemos amar a Deus, a quem não vemos, se não amarmos o irmão ou a irmã, que vemos (cf. 1Jn 4,20). Recusando perdoar aos nossos irmãos ou irmãs, o nosso coração fecha-se, a sua dureza torna-o impermeável ao amor misericordioso do Pai. Na confissão do nosso pecado, o nosso coração abre-se à sua graça (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.840)

  • 📖 Evangelho do Dia
    🙏 Laudes
    📅 Calendário Litúrgico