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Santo do dia 19 de maio

Santo do dia 19 de maio | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 19 de maio: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Pedro Celestino V, papa (Pietro del Murrone)

À busca de Deus

Pedro Angeleri de Morrone, desde a sua juventude, pôs-se à contínua busca de Deus; encontrava, no silêncio e na beleza da natureza, a dimensão favorável para contemplar o Criador e servir os irmãos.
Pedro nasceu em uma família de camponeses, em Isernia, em 1215, e era o penúltimo de doze filhos. Bem cedo, tendo ficado órfão de pai, foi encaminhado por sua mãe aos estudos eclesiásticos.Atraído pela vida monacal, entrou para a Ordem Beneditina. Aos 24 anos, tornou-se sacerdote, mas escolheu viver como eremita no monte Morrone, na região dos Abruços. Oração, penitência e jejum marcaram seus dias; porém, não lhe faltaram tentações, que as venceu com a cruz nas mãos. Atraídos pelo seu exemplo, muitos o seguiram.Assim, nasceu o primeiro núcleo de Eremitas de Maiella, com a aprovação de Urbano IV. Graças à benevolência do Cardeal Latina Malabranca e do Rei de Nápoles, Carlos II de Anjou, conhecido como o “aleijado”, os "Celestinos" – assim se chamaram – se expandiram, fundando mosteiros e restaurando abadias decadentes. Para Pedro, o tempo era marcado pela oração ininterrupta.A sua fama se difundiu, na Europa, como homem de Deus. A ele acorriam pessoas de todos os lugares, para receber conselhos e curas. A todos o Santo propunha a conversão de coração como meio para se obter a paz, em um momento histórico, dilacerado por tensões, conflitos - mesmo dentro da Igreja - e pestilências.

Homem de oração, alheio aos conflitos

Transcorria o ano de 1292. Com a morte do Papa Nicolau IV, seguiram-se 27 meses de Sede Vacante. Os onze Cardeais eleitores não conseguiam entrar em um acordo, polarizados pelo conflito entre as famílias Orsini e Colonna, como também pressionados pelo desejo do Rei Carlos II de encontrar um candidato do seu gosto.
Do isolamento na sua cela, Pedro de Morrone advertiu os Cardeais com a profecia de uma iminente punição divina, que poderia ser evitada apenas com a eleição do Sumo Pontífice, no prazo de poucos meses.
A fama do eremita, conhecido por seus milagres e sua conduta espiritual íntegra, levou os Cardeais eleitores a identificar precisamente ele, como candidato ideal para superar o impasse. Recebendo, na sua caverna de Maiella, uma delegação de prelados, Pedro, a princípio, recusou-se, mas, depois, entendeu que era o próprio Deus que o chamava para esta nobre responsabilidade. No entanto, rejeitou o convite dos Cardeais de ir a Perugia.
No dia 29 de agosto de 1294, memória litúrgica de São João Batista, escoltado pelo Rei Carlos, foi a Áquila, montado em um jumento, onde recebeu a tiara na grande igreja de Santa Maria em Collemaggio, por ele construída alguns anos antes. O novo Papa escolheu o nome de Celestino V e convocou o primeiro Jubileu da história, conhecido como “Jubileu do Perdão".

Um Pontificado curto e sofrido

Celestino percebeu, logo, que não era livre no exercício do seu Ministério, por causa daqueles que, na Cúria, esperavam se beneficiar pela sua pouca experiência de governo. Por isso, convocou um Consistório e nomeou 12 Cardeais. Muitos criticaram, com severidade, a decisão do Papa de confiar na proteção de Carlos de Anjou e de transferir a sede da Cúria para Nápoles. Muito cedo, porém, percebeu ter sido refém da coroa.
Na sua pequena cela, em Castel Nuovo, que se tornou sua morada, amadureceu a ideia de desistir do Pontificado, sustentada também pelo Cardeal Benedetto Caetani, especialista em Direito Canônico, que o sucedeu com o nome de Bonifácio VIII.
«Eu, Papa Celestino V, impelido por legítimas razões, pela humildade e debilidade do meu corpo e pela maldade da Plebe, e com o intuito de retornar à minha tranquilidade perdida, renuncio livre e espontaneamente ao Pontificado, como também ao trono, à dignidade, às honras e ônus, que comporta». Com estas palavras, no dia 13 de dezembro de 1294, Celestino despoja-se dos seus paramentos sagrados e se reveste com o antigo saio.
Apenas onze dias depois, o novo Papa mandou levar Pedro, - que havia fugido para lugares desertos, - ao castelo de Fumone. Ali, em uma restrita cela, o eremita morreu em oração, no dia 19 de maio de 1296.
Ao passar para a história pela sua "grande renúncia", - deplorada por Dante, na Divina Comédia, - Pedro foi exemplo de liberdade evangélica e santidade.
São Pedro Celestino V foi canonizado pelo Papa Clemente V, em 1313. Seus restos mortais, que descansam na Basílica de Collemaggio, são meta de contínuas peregrinações. Entre os mais ilustres peregrinos destaca-se Bento XVI, que, em 2009, ali deixou o pálio recebido no início do seu Pontificado.

S. Urbano I, papa

Uma colina separa a cidade de Chieti, nos Abruços, da aldeia de Bucchianico. Em meados do ano 1300, as duas localidades tomaram parte de uma das muitas guerras fronteiriças. Chieti decidiu que estava na hora de atacar e envolveu os habitantes da pequena aldeia, obstinadamente apinhados dentro e ao redor do castelo, com vista para o vale.
«Certo dia, – narra a história, que muito deve à lenda - um exército, talvez de mercenários, avançou para Bucchianico, com intenções facilmente compreensíveis pelos vigias da aldeia. Os habitantes eram poucos, mas seu comandante militar, o "sargento", teve uma ideia genial: pediu aos poucos homens, dizem também às mulheres, para usar couraças ou qualquer tipo de armadura e começar a se mover dentro do castelo e ao lado da colina, sem interrupção. Os invasores notam de longe aquele vai e vem, que parecia um gigantesco exército em manobra, e desistem das suas intenções beligerantes».

Papado tranquilo

Segundo a tradição, o estratagema que inspirou o sargento, parece em sonho, partiu do Papa Urbano. Ainda hoje, na pequena aldeia, o episódio é comemorado, todos os anos, com uma grande festa popular. Não obstante este evento, a história fala pouco da vida deste Pontífice. Eusébio de Cesareia escreve, em sua famosa "História Eclesiástica", que Urbano subiu ao trono após a morte do Papa Calisto. Por volta do ano 223 a maio de 230, o Pontificado deste Papa que, provavelmente, era natural de Teano, transcorreu sem sobressaltos sob o império de Alexandre Severo. Na realidade, as coisas pioraram com o antipapa Hipólito, que deu muito trabalho a Calisto. Porém, narra-se que Urbano o tratou com a mesma firmeza de seu predecessor.

Firmeza e caridade

As questões, que o Papa Urbano teve que enfrentar, dão uma ideia dos problemas da Igreja na época. Tentou abrir uma ação civil complexa contra os produtores de hóstias; revogou o decreto do Papa Zeferino, sobre o uso de cálices de vidro para o sacrifício da Missa, obrigando o uso de cálices de prata; foi tenaz em reivindicar as propriedades eclesiais.
Os biógrafos daquele tempo descrevem o seu perfil como um homem caridoso e, ao mesmo tempo, resolvido, capaz de levar muitos pagãos a se batizar, inclusive a família romana dos Valerios.

Histórias duvidosas

Muitas dúvidas pairam também sobre a morte do Papa Urbano, que, para algumas fontes, foi natural, mas violenta para outros, que falam de um assassinato por obra do prefeito Almenio.
Uma “Passio” tardia relata que ele foi um mártir, ligado à história de Santa Cecília, mas os documentos não são fidedignos neste aspecto.
Segundo o “Liber Pontificalis”, a biografia mais verossímil dos Papas, no início da Idade Média, os restos mortais do Papa Urbano I descansam no cemitério de São Calisto, na Via Ápia, em Roma.

Estes dois Santos, sepultados na catacumba de São Calisto, em Roma, foram martirizados no ano 304 e celebrados pela Liturgia no seu “dies natalis”. Provavelmente, eram irmãos, de origem armênia e eunucos. Certo Emiliano, no seu leito de morte, lhes confiou a sua filha Anatólia Calista.  
Ivo nasceu na Bretanha, em 1235, e se formou em Teologia e Direito. Tornando-se sacerdote e advogado, dava assistência jurídica gratuita. Em seu castelo, hospedava os pobres, que lhe pediam ajuda, sem deixar a pregação nas paróquias, entre Tredez e Louannec. Foi canonizado por Clemente VI, em 1347.  
Pedro Fioretti entrou para a Ordem dos Capuchinhos, em 1693, como Frei Crispino. Por 40 anos, viveu em Orvieto, como agricultor de hortaliças e, depois, como mendigo; viajou pela Itália, sempre amado por seus aforismos. Foi o primeiro Santo a ser canonizado por São João Paulo II, em 1982.  

Calendário Litúrgico

19 de maio: Segunda-Feira da Semana V da Páscoa

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: At 14,5-18
Salmo Responsorial: Sl 113B(115),1-2.3-4.15-16 (R. 1)
Evangelho: Jo 14,21-26

Cor Litúrgica: Branco

Reflexão

  • Que quando Ele vier encontre aberta a porta da tua morada, abre a tua alma a Ele, estende o interior da tua mente para que possas contemplar nela riquezas de justiça, tesouros de paz, suavidade de graça (Santo Ambrósio)

  • Jesus anuncia a vinda do Espírito que, em primeiro lugar, ensinará os discípulos a compreender cada vez mais plenamente o Evangelho, a acolhê-lo na sua existência e a torná-lo vivo com o seu testemunho (Francisco)

  • O Espírito e a Igreja cooperam para manifestar Cristo e a sua obra de salvação na liturgia. Principalmente na Eucaristia, que é o memorial do mistério da salvação. O Espírito Santo é a memória viva da Igreja (16) (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.099)

  • 📖 Evangelho do Dia
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