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Santo do dia 21 de fevereiro

Santo do dia 21 de fevereiro | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 21 de fevereiro: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Pedro Damião, bispo de Óstia e cardeal, doutor da Igreja, camaldolense

Uma infância difícil

Pedro nasceu em Ravena, em 1007, e era o último de sete filhos. Sua mãe, preocupada em não poder dar de comer a mais um filho, decidiu não amamentá-lo, condenando-o, assim, à morte. Uma amiga de família, ao ver que a criança sofria de cianose, pegou-a nos braços e lhe passou unguento; após ser repreendida, a mãe cruel percebeu a sua aberração momentânea e voltou a nutrir o filho caçula.

Ao ficar órfão, Pedro foi criado, antes, pela irmã Rodelinda e, depois, por um irmão, que o maltratou e o obrigou a fazer os serviços mais humildes. Por fim, o rapaz foi confiado ao irmão primogênito, Damião, que era arcipreste em uma freguesia de Ravena. O irmão preocupou-se, não só da nutrição, mas também da educação do jovem Pedro, que, por reconhecimento, acrescentou o nome de Damião ao seu.

Escola de generosidade

Seu primeiro biógrafo, São João de Lodi, narrou dois episódios significativos da juventude de Pedro Damião. Certo dia, o rapaz ficou feliz por ter encontrado uma moeda, com a qual podia comprar doces ou brinquedos; porém, de repente, deu-se conta de que qualquer coisa que comprasse, podia causar-lhe uma alegria passageira e momentânea. Por isso, decidiu levar a moeda ao sacerdote, para que rezasse uma Missa pelos seus pais falecidos.

Outra vez, ao almoçar com um pobre cego, pegou para si um pedaço de pão branco, de qualidade melhor, e ofereceu ao hóspede um pedaço de pão escuro. Ao improviso, uma casquinha se encravou na garganta. Arrependido pelo seu egoísmo, ele trocou seu pedaço de pão com o do cego e a casquinha se desencravou. Este episódio levou-o a convencê-lo, definitivamente, a consagrar-se a Deus e a abraçar a vida monacal.

No convento de Fonte Avellana

Atraído pela necessidade de solidão, meditação e oração, em 1035, Pedro Damião retirou-se para o convento camáldulo de Fonte Avellana, nos confins das Marcas e da Úmbria. Em breve, tornou-se diretor espiritual daquele grupo de eremitas. Sua fama difundiu-se tão rapidamente a ponto de ser convidado como docente em outros mosteiros, como o de Santa Maria de Pomposa e São Vicente de Petra Pertusa.

Ao voltar para Fonte Avellana, Pedro Damião foi eleito prior do convento, que reorganizou, e inspirou o surgimento de novas casas nas regiões confinantes. Suas fervorosas atividades chamaram a atenção do Bispo de Ravena, que o convocou e o tirou do silêncio e do recolhimento do mosteiro.

Os males da Igreja

Naquele tempo, a Igreja era atormentada por dois males: a simonia, ou seja, a compra de cargos eclesiásticos; e o nicolismo, ou seja, a inobservância do celibato. Em 1057, o Papa Estêvão IX convocou Pedro Damião, em Roma, para empreender, com ele, uma obra reformadora do clero, nomeando-o Bispo e Cardeal de Óstia. Nos seis anos sucessivos, ele foi enviado em missão a Milão, para aplacar o movimento rebelde da Pataria; a seguir, foi a Cluny, para defender os direitos dos monges da abadia Beneditina contra a prepotência do Arcebispo de Macon.

Pedro Damião esteve ao lado do Papa Gregório VII na luta contra as investiduras: o imperador Henrique IV apoderou-se do direito de nomear Bispos e Abades, sendo excomungado pelo Papa; o resultado mais clamoroso desta obra, alguns anos da morte de Pedro Damião, foi o pedido de perdão, por parte do imperador, que, vestido como penitente, ajoelhou-se aos pés do Papa no castelo de Canossa, em 28 de janeiro de 1077.

Santidade imediata

Após uma missão de paz, em Ravena, sua cidade natal, ao regressar para o mosteiro de Fonte Avellana, - ou, mais provavelmente, ao convento de Gamogna, fundado por ele – Pedro Damião faleceu, durante uma etapa em Faenza, no mosteiro beneditino de Santa Maria Fora da Porta.

Desde o seu funeral, a aclamação popular quis sua santificação imediata. Em 1828, o Papa Leão XII o proclamou Doutor da Igreja.

Calendário Litúrgico

21 de fevereiro: Sexta-feira da 6ª semana do Tempo Comum

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: Gn 11,1-9
Salmo Responsorial: Sl 32(33),10-11.12-13.14-15 (R. 12b)
Evangelho: Mc 8,34-9,1

Cor Litúrgica: Verde

Reflexão

  • Eu, até ao presente momento, sou um escravo. Mas se alcançar sofrer o martírio, serei libertado em Jesus Cristo e ressuscitarei livre, n´Ele (Santo Inácio de Antioquia)

  • A tradição teológica, espiritual e ascética, desde os primeiros tempos, manteve a necessidade de seguir a Cristo na Sua Paixão, não apenas na imitação das suas virtudes, como também na cooperação na redenção universal (São João Paulo II)

  • A Cruz é o único sacrifício de Cristo, mediador único entre Deus e os homens (1Tm 2,5). Mas porque, na sua Pessoa divina encarnada. Ele Se uniu, de certo modo, a cada homem, a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal, por um modo só de Deus conhecido (Concilio Vaticano II). Convida os discípulos a tomarem a sua cruz e a segui-Lo (Mt 16,24) (...) (Catecismo da Igreja Católica, nº 618)

  • 📖 Evangelho do Dia
    🙏 Laudes
    📅 Calendário Litúrgico