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Santo do dia 22 de maio

Santo do dia 22 de maio | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 22 de maio: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Rita de Cássia, religiosa agostiniana

A pequena periferia de Roccaporena, na Úmbria, foi berço de Margarida Lotti, provavelmente por volta de 1371, chamada com o diminutivo de “Rita”. Seus pais, humildes camponeses e pacificadores, procuraram dar-lhe uma boa educação escolar e religiosa na vizinha cidade de Cássia, onde a instrução era confiada aos Agostinianos. Naquele contexto, amadurece a devoção a Santo Agostinho, São João Batista e São Nicolau de Tolentino, que Rita escolheu como seus protetores.

Rita, mulher e mãe

Por volta de 1385, a jovem se uniu em matrimônio com Paulo de Ferdinando de Mancino. A sociedade de então era caracterizada por diversas contendas e rivalidades políticas, nas quais seu marido estava envolvido. Mas a jovem esposa, através da sua oração, serenidade e capacidade de apaziguar, herdadas pelos pais, o ajudou a viver, aos poucos, como cristão de modo mais autêntico. Com amor, compreensão e paciência, a união entre Rita e Paulo tornou-se fecunda, embelezada pelo nascimento de dois filhos: Giangiacomo e Paulo Maria. Porém, a espiral de ódio das facções políticas da época acometeram seu lar doméstico. O esposo de Rita, que se encontrava envolvido, também por vínculos de parentela, foi assassinado. Para evitar a vingança dos filhos, escondeu a camisa ensanguentada do pai. Em seu coração, Rita perdoou os assassinos do seu marido, mas a família Mancino não se resignou e fazia pressão, a ponto de desatar rancores e hostilidades. Rita continuava a rezar, para que não fosse derramado mais sangue, fazendo da oração a sua arma e consolação. Entretanto, as tribulações não faltaram. Uma doença causou a morte de Giangiacomo e de Paulo Maria; seu único conforto foi pensar que, pelo menos, suas almas foram salvas, sem mais correr o risco de serem envolvidos pelo clima de represálias, provocado pelo assassinato do marido.

Monja agostiniana

Tendo ficado sozinha, Rita intensificou sua vida de oração, seja pelos seus queridos defuntos, seja pela família de Mancino, para que perdoasse e encontrasse a paz.

Com a idade de 36 anos, Rita pediu para ser admitida na comunidade das monjas agostinianas do Mosteiro de Santa Maria Madalena de Cássia. Porém, seu pedido foi recusado: as religiosas temiam, talvez, que a entrada da viúva de um homem assassinado pudesse comprometer a segurança do Convento. No entanto, as orações de Rita e as intercessões dos seus Santos protetores levaram à pacificação das famílias envolvidas na morte de Paulo de Mancino e, após tantas dificuldades, ela conseguiu entrar para o Mosteiro.

Narra-se que, durante o Noviciado, para provar a humildade de Rita, a Abadessa pediu-lhe para regar o troco seco de uma planta e que sua obediência foi premiada por Deus, pois a videira, até hoje, é vigorosa. Com o passar dos anos, Rita distinguiu-se como religiosa humilde, zelosa na oração e nos trabalhos que lhe eram confiados, capaz de fazer frequentes jejuns e penitências. Suas virtudes tornaram-se famosas até fora dos muros do Mosteiro, também por causa das suas obras de caridade, juntamente com algumas coirmãs; além da sua vida de oração, ela visitava os idosos, cuidava dos enfermos e assistia aos pobres.

A Santa das rosas

Cada vez mais imersa na contemplação de Cristo, Rita pediu-lhe para participar da sua Paixão. Em 1432, absorvida em oração, recebeu a ferida na fronte de um espinho da coroa do Crucifixo. O estigma permaneceu, por quinze anos, até à sua morte. No inverno, que precedeu a sua morte, enferma e obrigada a ficar acamada, Rita pediu a uma prima, que lhe veio visitar em Roccaporena, dois figos e uma rosa do jardim da casa paterna. Era janeiro, período de inverno na Itália, mas a jovem aceitou seu pedido, pensando que Rita estivesse delirando por causa da doença. Ao voltar para casa, ficou maravilhada por ver a rosa e os figos no jardim e, imediatamente, os levou a Rita. Para ela, estes eram sinais da bondade de Deus, que acolheu no Céu seus dois filhos e seu marido.

Santa Rita expirou na noite entre 21 e 22 de maio de 1447. Devido ao grande culto que brotou logo depois da sua morte, o corpo de Rita nunca foi enterrado, mas mantido em uma urna de vidro. Rita conseguiu reflorescer, apesar dos espinhos que a vida lhe reservou, espalhando o bom perfume de Cristo e aquecendo tantos corações no seu gélido inverno. Por este motivo e em recordação do prodígio de Roccaporena, a rosa é, por excelência, o símbolo de Rita.

S. Júlia, virgem e mártir na Córsega

Virgem e mártir

Santa Júlia, virgem, recebeu a palma do martírio na Córsega, por meio do suplício da cruz. O navio, que transportava esta jovem cristã, - de origem cartaginesa, vendida como escrava, - teria encalhado em Zonza, no porto de Cabo Corso. Ali, por ódio à fé, teria sido torturada e crucificada, no ano 303, apesar da data não ser exata. Esta santa sempre foi venerada com fervor.

Vendida como escrava

Na época da invasão de Cartago, Júlia foi comprada por um homem chamado Eusébio. Seu patrão, embora fosse pagão, admirava a coragem com a qual a mulher cumpria seu dever. Ao término do seu trabalho diário, durante a hora de descanso, ela se dedicava à leitura ou se recolhia em oração. Movida pelo amor de Deus, ela jejuava com frequência; seu patrão jamais conseguiu fazê-la interromper o jejum, nem um só dia, a não ser no domingo da Ressurreição.

Torturada e crucificada

Quando o navio do seu patrão atracou no porto de Cabo Corso, Eusébio participou de uma festa pagã. Entorpecido pelos pagãos, aproveitaram para raptar Júlia, que havia permanecido a bordo da embarcação. Ela rejeitava renegar a Cristo, dizendo: “A minha liberdade é servir a Cristo, que adoro todos os dias e com toda a pureza da minha alma”.

Júlia foi torturada e, depois, flagelada. Em meio aos tormentos, a Santa continuava a confessar a sua fé, sempre com maior ardor, e gritava em alta voz: “Confesso a minha fé naquele que, por amor a mim, padeceu o suplício da flagelação. Se o meu Senhor foi coroado de espinhos e pregado no madeiro da Cruz, por minha causa, porque eu deveria rejeitar arrancar meus cabelos como preço da confissão da minha fé, para merecer a palma do martírio?”. Assim, a Santa Júlia foi crucificada.

Calendário Litúrgico

22 de maio: Quinta-Feira da Semana V da Páscoa

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: At 15,7-21
Salmo Responsorial: Sl 95(96),1-2a.2b-3.10 (R. cf. 3)
Evangelho: Jo 15,9-11

Cor Litúrgica: Branco

Reflexão

  • Meu Deus, Trindade que adoro, pacificai a minha alma. Fazei dela o vosso céu, vossa amada morada e o lugar de vosso descanso. Que eu nunca vos deixe sozinho nela, mas que eu esteja lá inteiramente, plenamente acordada em minha fé, em adoração, entregue sem reservas à vossa ação criadora (Beata Isabel da Trindade)

  • Dios sabe transformar en amor incluso las cosas difíciles y agobiantes de nuestra vida. Lo importante es que ‘permanezcamos’ en la vid, en Cristo (Bento XVI)

  • Fruto do Espírito e plenitude da Lei, a caridade guarda os mandamentos de Deus e do seu Cristo: ‘Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor’ (Jo 15, 9-10) (76) (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.824)

  • 📖 Evangelho do Dia
    🙏 Laudes
    📅 Calendário Litúrgico