A tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho

Santo do dia 23 de fevereiro

Santo do dia 23 de fevereiro | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 23 de fevereiro: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Policarpo, bispo de Esmirna e mártir

Nasceu no ano 69-70 de pais cristãos. Aprendeu dos Apóstolos os ensinamentos de Cristo, tornando-se discípulo de João. Narram Ireneu – seu aluno e mais tarde bispo de Lyon – e o historiador Eusébio de Cesareia: “Policarpo não somente foi educado pelos Apóstolos e viveu com muitos daqueles que haviam visto o Senhor: mas foi também dos Apóstolos que se estabeleceram na Ásia como bispo da Igreja de Esmirna” (Adversus Haereses III 3,4; Historia Eclesiastica IV 14,3,4).

É de um tal de Marcião (testemunha ocular de seu martírio) o Martyrium Polycarpi, considerado por muitos o mais antigo e autêntico dos Atos dos Mártires. Trata-se da primeira obra na qual é definido mártir quem morrer por causa da fé.

Durante o seu longo episcopado, Policarpo distinguiu-se pelo zelo em conservar fielmente a doutrina dos Apóstolos ao difundir o Evangelho entre os pagãos e em combater as heresias. Ireneu o define como pregador paciente e amável e destaca sua grande solicitude pelas viúvas e pelos escravos.

A amizade no episcopado com Inácio de Antioquia

Em 107 Policarpo acolhe em Esmirna Inácio de Antioquia, de passagem e sob escolta, em direção a Roma para ser julgado. Célebres as sete cartas que Inácio endereçou às Igrejas ao longo de seu caminho; as primeiras quatro partem justamente de Esmirna. De Tróade, depois, escreve aos fiéis de Esmirna e ao seu bispo Policarpo, encarregando-o de transmitir à Igreja de Antioquia a sua última recordação e descrevendo-o um bom pastor e combatente pela causa de Cristo.

E é a Policarpo que os Filipenses pedem para recolher as cartas de Inácio. O bispo de Esmirna envia a eles o que foi pedido, junto a uma carta sua, para exortá-los a servir a Deus no temor, a crer n’Ele, a esperar na ressurreição, a caminhar no caminho da justiça, tendo sempre diante dos olhos o exemplo dos mártires e principalmente de Inácio.

Também a Epístola aos Filipenses de Policarpo é bastante conhecida. Chegada aos nossos dias, é importante em particular pelas notícias históricas que dela se podem tirar e pelos dogmas sobre o Credo que são recordados.

Por volta do final de 154, Policarpo parte para Roma, como representante dos cristãos da Ásia Menor, para tratar com o Papa Aniceto sobre diversas questões, e principalmente sobre a data da Páscoa: nas Igrejas Orientais era celebrada no dia 14 do mês judaico de Nisan, enquanto na capital do Império no domingo sucessivo. Não se chega a um acordo, mas as relações entre as Igrejas permanecem amigáveis.

Mártir aos 86 anos

Sob o Imperador Antonino Pio desencadeiam perseguições também em Esmirna. Policarpo é preso. Os atos de seu martírio narram que “levado diante do pró-Cônsul, ele...procurou persuadi-lo a renegar, dizendo: “Pensa na tua idade...muda de pensamento...jura e eu te liberto. Amaldiçoe Cristo”. Policarpo responde: “Por 86 anos eu O servi, e não me fez mal algum. Como então poderia blasfemar contra  meu Rei e meu Salvador?...ouçam claramente. Eu sou cristão”. Foi decidido que seria queimado, mas permanece ileso e é morto pela espada.

“Estes os fatos – lê-se no Martyrium Polycarpi – sobre o beato Policarpo que com aqueles de Filadélfia foi o 12º a sofrer o martírio em Esmirna. O beato Policarpo testemunhou o segundo dia de Santico, o sétimo dia antes das calendas de março, do grande sábado, na hora oitava. Foi preso por Herodes, pontífice de Tralli, durante o proconsulado de Statius Quadratus, rei eterno nosso Senhor Jesus Cristo”.

S. Josefina Vannini, virgem

"Cuidem dos pobres enfermos com o mesmo amor de uma mãe amorosa que cuida do seu único filho doente".

A chamada do Senhor irrompeu bem cedo na vida de Judite – este foi o nome que recebeu de seus pais -, mas a resposta do seu sim ao Esposo foi bem mais difícil que o previsto. Tanto é verdade, que teve que sofrer muito antes de realizar seu sonho: receber finalmente o véu religioso.

O caminho da Cruz

O Senhor, quase sempre, prepara as almas mais fortes para segui-lo no caminho do sofrimento. Assim também aconteceu com Judite que, ao ficar órfã dos pais, aos quatro anos de idade, viveu para sempre separada dos seus dois irmãozinhos.
De certa forma, foi assim que ela disse seu primeiro sim, aceitando viver entre as órfãs do Orfanato Torlônia, em Roma, dirigido pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Ali, sua vocação amadureceu logo, porém, não encontrava um Instituto onde desabrochar. Durante o noviciado, com as mesmas religiosas, foi transferida, várias vezes, e, enfim, demitida, definitivamente, por questão de saúde.

Um encontro mudou sua vida

Voltando a Roma, para visitar sua tia e, depois, em Nápoles, onde trabalhou como professora de Jardim de Infância, Judite continuava inquieta, pois sabia que não era aquele seu caminho.
Em 1891, participou de um Curso de exercícios espirituais para jovens senhoras, junto às Irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo, em Roma, onde conheceu o sacerdote camiliano, Padre Luigi Tezza, chamado, no último momento, para substituir o pregador. No final do retiro espiritual, Judite foi ter com o Padre Tezza e lhe contou a sua história. O sacerdote, que era Procurador-geral, encarregado de restaurar a vida das Terciárias Camilianas, compreendeu os desígnios divinos de Judite e lhe convidou a fazer parte deste projeto. Judite refletiu, mas, depois, aceitou, dizendo: “Eis-me aqui à sua disposição; não sou capaz de fazer nada, mas confio em Deus”.

O calvário do novo Instituto

Em 2 de fevereiro de 1892, a nova comunidade começou a se formar, com uma cerimônia, que se realizou na sala onde São Camilo de Lellis havia falecido, transformada em Capela. O novo Instituto teve início com Judite e outras duas jovens, que o Padre Tezza havia formado, com a imposição do escapulário cruzado.
Três anos depois, Judite, que recebeu o nome de Irmã Josefina, tornou-se superiora geral. No entanto, o novo Instituto precisava da aprovação definitiva da Autoridade eclesiástica: o Papa Leão XIII a rejeitou duas vezes, exigindo que a nova família se afastasse de Roma e se tornasse Pia Associação.
Entretanto, outra provação estava à espreita: circulavam boatos difamatórios sobre a conduta do Padre Tezza, que até foi proibido de entrar em contato com as Irmãs. Decepcionado com a situação, em total obediência, partiu, em 1900, para o Peru, de onde não voltou mais, deixando Madre Josefina sozinha, que nunca desanimou.

O carisma das Filhas de São Camilo

Em 1911, quando Josefina Vannini faleceu, as Camilianas já contavam 156 religiosas professas e 16 Casas religiosas entre a Europa e a América.
A principal herança que a fundadora - beatificada por São João Paulo II, em 1994 – deixou às suas Irmãs foi “a pura e simples assistência física e espiritual aos enfermos, tanto a domicílio como em hospitais, leprosários e asilos, centros de reabilitação Europeus e em terras de missão. Precisamente como Jesus queria”.

Calendário Litúrgico

23 de fevereiro: Domingo VII (C) do Tempo Comum

Solenidade

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: 1Sm 26,2.7-9.12-13.22-23
Salmo Responsorial: Sl 102(103),1-2.3-4.8.10.12-13 (R. 8a)
2ª Leitura: Cr 15,45-49
Evangelho: Lc 6,27-38

Cor Litúrgica: Verde

Reflexão

  • Cristo, ao revelar o amor-misericórdia de Deus, exigia também aos homens que se deixassem guiar na sua vida pelo amor e pela misericórdia (São João Paulo II)

  • O inimigo é alguém a quem devo amar. No coração de Deus não há0 inimigos, Deus tem filhos. Nós levantamos muros, construímos barreiras e classificamos às pessoas. Deus tem filhos (Francisco)

  • No sermão da montanha, o Senhor lembra o preceito: ‘Não matarás’ (Mt 5,21), e acrescenta-lhe a proibição da ira, do ódio e da vingança. Mais ainda: Cristo exige do seu discípulo que ofereça a outra face (36), que ame os seus inimigos (37) (…) (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.262)

  • 📖 Evangelho do Dia
    🙏 Laudes
    📅 Calendário Litúrgico