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Santo do dia 27 de janeiro

Santo do dia 27 de janeiro | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 27 de janeiro: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Ângela Mérici, virgem, fundadora das Ursulinas

Não mais nos conventos, mas no mundo: eis o eixo cartesiano da espiritualidade de Santa Ângela Mérici que, com o testemunho de sua vida, conseguiu dar nova forma à dignidade das mulheres.
Ângela nasceu em Desenzano de Garda, perto de Bréscia, norte da Itália, em 21 de março de 1474. Desde a infância, tinha um forte sentido religioso: à noite, a família se reunia em torno do pai, João, para ouvir a leitura da vida dos santos. Graças a essas leituras, Ângela começou, aos poucos, a nutrir uma devoção especial para com Santa Úrsula, a nobre jovem britânica, do século IV, martirizada com seus companheiros; esta santa teve uma grande influência no amadurecimento da sua espiritualidade.

Terciária franciscana

Aos 15 anos, Ângela perdeu, prematuramente, a irmã e seus pais; então se mudou para Saló, onde foi acolhida na casa do tio materno. Naqueles anos, surgiu-lhe o desejo de levar uma vida mais austera e penitencial, a ponto de optar por ser Terciária franciscana. Cinco anos depois, com a morte de seu tio, a jovem voltou para Desenzano, onde se dedicou às obras de misericórdia espirituais e corporais, sempre acompanhando o trabalho manual com a oração e o recolhimento.

Visão de uma "escada celeste"

Certa vez, enquanto estava em oração, a futura Santa teve a visão de uma procissão de anjos e virgens, que tocavam e cantavam hinos. Entre eles, Ângela viu também sua irmã falecida, que lhe anunciou: "Você vai fundar uma companhia de virgens". Nos séculos seguintes, a iconografia hagiográfica representou esta visão como uma "escada celeste", que une o céu e a terra.

Cegueira repentina

No entanto, em 1516, os superiores franciscanos enviaram Ângela a Bréscia para assistir uma viúva, Catarina Patendola. Na cidade, a jovem reforçou sua ideia de um laicato, cada vez mais comprometido no âmbito caritativo, mas enriquecido pela sensibilidade feminina.
Ao receber uma segunda visão, Ângela decidiu fazer uma peregrinação a diversos lugares sagrados: Mântua e o Monte Sagrado de Varallo, suas primeiras etapas, seguidas, em 1524, pela Terra Santa. Precisamente durante esta viagem às origens do cristianismo aconteceu um prodígio singular: de repente, Ângela perdeu a visão, que a recuperará ao voltar da Terra Santa, enquanto rezava diante do Crucifixo. Bem longe de desanimar, Ângela Mérici aceitou a deficiência momentânea como sinal da Providência, para poder olhar os Lugares Santos, não com os olhos do corpo, mas com os do espírito. "Vocês imaginam – disse ela mais tarde - que esta cegueira me foi enviada para o bem da minha alma?"

Nascimento da "Companhia de Santa Úrsula"

Ao regressar à Itália, em 1525, por ocasião do Ano Santo, Ângela foi em romaria à “Cidade Eterna”, onde consolidou seu carisma, tanto que o Papa Clemente VII lhe propôs de permanecer em Roma. Entretanto, a jovem decidiu voltar a Brescia, porque queria, finalmente, dar cumprimento à sua "visão celeste".
Enfim, em 25 de novembro de 1535, junto com doze colaboradoras, Ângela Mérici fundou a "Companhia das renunciadoras de Santa Úrsula" (“renunciadoras" porque não usavam o hábito religioso tradicional), com uma Regra de vida original: estar fora do Convento para se dedicarem à instrução e à educação das jovens mulheres, com voto de obediência ao Bispo e à Igreja.

Revolução da graça

A ideia da fundadora foi uma verdadeira revolução da graça: toda mulher consagrada podia santificar a sua vida na "Sociedade", não apenas em um Convento, atuando no mundo e na própria Igreja de pertença.
Em uma época em que as mulheres que não eram casadas ou enclausuradas podiam correr o risco de ser marginalizadas, Ângela ofereceu-lhes uma nova condição social: ser "virgens consagradas no mundo", capazes de se santificar para santificar a família e a sociedade.

Canonização em 1807

Em 1539, o estado de saúde de Ângela Mérici piorou, vindo a falecer em 27 de janeiro de 1540, com a idade de 66 anos. Seus restos mortais descansam na igreja de Santa Afra, em Bréscia, onde ainda são venerados, hoje denominado Santuário de Santa Ângela.
No entanto, a sua fama de santidade aumentou tanto que, em 1544, o Papa Paulo III elevou a Companhia a um Instituto de Direito Pontifício, permitindo às Ursulinas atuar também além dos confins da Diocese.
Ângela Mérici foi beatificada, em 1768, pelo Papa Clemente XIII, e canonizada, em 24 de maio de 1807, pelo Papa Pio VII. Uma estátua, em sua memória, esculpida em 1866, pelo escultor Pietro Galli, encontra-se na Basílica Vaticana.

Testamento espiritual

Em seu testamento espiritual, destinado às Ursulinas, lê-se: “Suplico-lhes de recordar e manter gravadas em suas mentes e corações todas as suas filhinhas, uma por uma; não apenas seus nomes, mas também suas condições, natureza e estado, enfim tudo delas. Isso não lhes será difícil se as abraçarem com profunda caridade. Esforcem-se, com amor e com mão gentil e suave, não com imperiosidade e aspereza, para ser agradáveis em tudo". "Além do mais, - concluiu - cuidado por não querer alguma coisa, a todo custo, porque Deus deu a cada um o livre arbítrio, sem forçar ninguém; Ele apenas propõe e aconselha".

S. Vitaliano, papa
Como Papa, de 657 a 672, esforçou-se para resolver os conflitos entre a Igreja de Roma e a do Oriente e para restabelecer o diálogo com o imperador, sem êxito algum. Deu novo impulso ao cristianismo britânico com a nomeação de novos Bispos. Foi sepultado na antiga basílica de San Pietro.  

Calendário Litúrgico

27 de janeiro: Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: Hb 9,15.24-28
Salmo Responsorial: Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4.5-6 (R. 1a)
Evangelho: Mc 3,22-30

Cor Litúrgica: Verde

Reflexão

  • O diabo é um maestro perverso que muitas vezes mistura o que é falso com o que é verdadeiro para encobrir, com aparência de verdade, o testemunho do engano (S. Beda, Venerável)

  • Tanto esta geração como muitas outras, foram levadas a acreditar que o diabo era um mito, a ideia do mal. Mas, o diabo existe e nós devemos combate-lo, mesmo que não estejamos completamente convencidos disso (Francisco)

  • Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n'Ele. (...) Assim, os milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai: testemunham que Ele é o Filho de Deus. Mas também podem ser “ocasião de queda”. Eles não pretendem satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demónios (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)

  • 📖 Evangelho do Dia
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