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Santo do dia 30 de setembro

Santo do dia 30 de setembro | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 30 de setembro: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Jerônimo,  presbítero e doutor da Igreja

O nome completo deste Santo é Sofrônio Eusébio Jerônimo. Sua cidade natal é Estridão, atual Croácia. Não se sabe a data exata do seu nascimento, mas deve ser por volta de 347. De família cristã e rica, Jerônimo recebeu uma sólida educação e, ajudado pelos seus pais, completou os estudos em Roma. Ali, deu-se à vida mundana, deixando-se levar pelos prazeres. Porém, logo se arrependeu, recebeu o Batismo e seguiu a vida contemplativa. Transferiu-se para Aquileia, onde passou a fazer parte de uma comunidade de ascetas. Algum tempo depois, deixou a comunidade, decepcionado pelas inimizades surgidas naquele ambiente. Partiu para o Oriente, deteve-se em Tréveris, retornou a Estridão e partiu novamente. Permaneceu alguns anos em Antioquia, onde aperfeiçoou seus conhecimentos em língua grega; depois, se retirou como eremita para o deserto de Cálcis, ao sul de Alepo. Por quatro anos, dedicou-se totalmente ao estudo, aprendeu o hebraico e transcreveu os códigos e escritos dos Padres da Igreja. Foram anos de meditação, solidão e intensa leitura da Palavra de Deus, que o levaram a refletir sobre a disparidade entre a mentalidade pagã e a vida cristã. Decepcionado pelas diatribes dos anacoretas, provocadas pela doutrina ariana, retornou a Antioquia, onde foi ordenado sacerdote, em 379. A seguir, mudou-se para Constantinopla, onde continuou a estudar grego, sob a orientação de São Gregório Nazianzeno.

Secretário pessoal do Papa Dâmaso

Em 382, Jerônimo foi a Roma para participar de um encontro, convocado pelo Papa Dâmaso, sobre o cisma de Antioquia. Conhecido pela sua fama de asceta e erudito, o Pontífice o escolheu como Secretário pessoal e Conselheiro. Assim, o convidou para fazer uma nova tradução dos textos bíblicos em latim. Na Urbe, Jerônimo também criou um círculo bíblico, do qual participaram matronas da nobreza romana, que queriam aprofundar o estudo das Escrituras, desejosas de seguir o caminho da perfeição cristã e praticar a Palavra de Deus. Por isso, escolheram Jerônimo como mestre e diretor espiritual. Porém, seu rigor moral não era compartilhado pelo clero e suas regras, sugeridas às suas discípulas, eram consideradas muito severas. Jerônimo não era bem visto por muitos, por causa da sua divergência e temperamento agressivo, como também por condenar vícios e hipocrisias; muitas vezes, era até polêmico com sábios e eruditos. Por isso, depois da morte do Papa Dâmaso, decidiu voltar para o Oriente. Em agosto de 385, embarcou em Óstia com destino à Terra Santa, acompanhado por alguns de seus monges e um grupo de seguidores, inclusive a nobre Paula com sua filha Eustóquia. Começou, assim, sua peregrinação, que o levou ao Egito e, depois, a Belém, onde abriu uma escola, oferecendo seus ensinamentos gratuitamente. Graças à generosidade de Paula, foram construídos dois mosteiros, um masculino e um feminino, e uma hospedagem para viajantes, que visitavam os lugares santos.

Retiro em Belém

Jerônimo passou o resto da sua vida em Belém, onde sempre se dedicou à Palavra de Deus, à defesa da fé, ao ensino da cultura clássica e cristã e ao acolhimento dos peregrinos. Faleceu em sua cela, nas proximidades da Gruta da Natividade, em 30 de setembro, provavelmente no ano 420. Este santo homem, impetuoso e, muitas vezes, polêmico e divergente, era odiado, mas também muito querido. Não era fácil dialogar com ele, porém deu uma contribuição ao Cristianismo, com seu testemunho de vida e seus numerosos escritos. Com efeito, deve-se a ele a primeira tradução da Bíblia para o latim, chamada Vulgata: traduziu os Evangelhos do grego e o Antigo Testamento do hebraico; ainda hoje, a Vulgata, embora revisada, é o texto oficial da Igreja de língua latina. A Palavra de Deus, que ele tanto estudou e interpretou, também foi “vivida concretamente”, disse Bento XVI, que dedicou duas catequeses a Jerônimo, nas Audiências gerais de 7 e 14 de novembro de 2007.

Seus ensinamentos e obras

“O que podemos aprender de São Jerônimo? Parece-me, sobretudo, o seguinte: “Amar a Palavra de Deus na Sagrada Escritura; é importante, hoje, que os cristãos vivam em contato e em diálogo pessoal com a Palavra de Deus, que nos foi dada pela Sagrada Escritura... esta Palavra também constrói comunidades, que constituem a Igreja. Logo, devemos lê-la em comunhão com a Igreja viva”. São Jerônimo é um dos quatro Padres da Igreja Ocidental – além dos Santos Ambrósio, Agostinho e Gregório Magno -, proclamado Doutor da Igreja, em 1567, por Pio V. Ainda hoje, podemos contar com seus comentários, homilias, epístolas, tratados, obras historiográficas e hagiográficas, entre as quais sua famosa “De Viris Illustribus”: biografias de 135 autores, de maioria cristã, mas também de judeus e pagãos; isso demonstra quanto a cultura cristã era “uma verdadeira cultura, digna de ser comparada com a clássica”. Não podemos esquecer também a sua obra “Chronicon” – uma tradução e reelaboração em latim daquela obra do grego, perdida por Eusébio de Cesareia – sobre a narração da história universal, entre dados reais e mitos, desde o nascimento de Abraão até o ano 325. Enfim, suas muitas Epístolas, ricas de ensinamentos e cuidadosos conselhos, que revelam sua profunda espiritualidade.

Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro.  
S. Francisco de Borja, presbítero jesuíta
Descendente da família Borja, Francisco nasceu em Gandia, Espanha, em 1510. Casado e pai de 8 filhos, foi vice-Rei da Catalunha, mas jamais descuidou da sua fé. Viúvo, deixou tudo e entrou para a Companhia de Jesus, da qual foi Comissário Geral. Fundou as Missões na América do Sul e morreu em 1572.  

Calendário Litúrgico

30 de setembro: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja

Memória

Leituras e Evangelho de Hoje

Reading 1 : Zechariah 8:20-23
Responsorial Psalm : Psalm 87:1b-3, 4-5, 6-7
Alleluia : Mark 10:45
Gospel : Luke 9:51-56

Cor Litúrgica: White

📖 Evangelho do Dia
🙏 Laudes
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