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Santo do dia 31 de julho

Santo do dia 31 de julho | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 31 de julho: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Inácio de Loiola, presbítero, fundador da Companhia de Jesus

Uma vida cavalheiresca

Íñigo López de Loyola nasceu em 1491, em Azpeitia, país Basco. Como filho cadete, era destinado à vida sacerdotal, mas a sua aspiração era a de se tornar cavalheiro. Por isso, seu pai o mandou a Castela, para viver na Corte de dom Juan Velazquez de Cuellar, ministro do rei Ferdinando, o Católico. Aquela vida formou o caráter e as atitudes do jovem, que começou a ler poemas e cortejar as damas. Quando dom Juan morreu, Íñigo transferiu-se para a Corte de dom Antônio Manrique, duque de Najera e vice-rei de Navarra, participando da corporação para a defesa do castelo de Pamplona, assediado pelos franceses. Ali, em 20 de maio de 1521, foi ferido por um tiro de canhão, que o tornou coxo por toda a vida. Sua longa convalescença foi para ele uma boa ocasião para ler a Lenda Dourada, de Tiago de Voragine, e a Vida de Cristo, de Ludolfo da Saxônia, o Cartusiano, textos que muito influenciaram na sua personalidade, voltada para os ideais cavalheirescos, convencido de que o único Senhor, que valia a pena seguir, era Jesus Cristo.

Peregrinação providencial

Decidido a ir em peregrinação à Terra Santa, Íñigo fez uma parada no Santuário de Montserrat, onde fez o voto de castidade, trocando as suas ricas vestes com as de um mendigo. Devia embarcar para a Itália, do porto de Barcelona, mas a cidade estava tomada por uma epidemia de peste. Por isso, teve que se deter em Manresa, uma etapa obrigatória, que lhe proporcionou um longo período de meditação e isolamento. Neste interim, escreveu uma série de conselhos e reflexões, que, a seguir, foram reelaborados, convertendo-se em base para seus Exercícios Espirituais.

Finalmente, chegou à Terra Santa, onde queria se estabelecer. Mas, o superior dos Franciscanos o impediu, considerando muito escassos seus conhecimentos teológicos. Logo, Íñigo voltou para a Europa e passou estudar gramática, filosofia e teologia, antes, em Salamanca e, depois, em Paris.

Precisamente na capital francesa, mudou seu nome para Inácio, em homenagem a Santo Inácio de Antioquia, do qual admirava seu amor por Cristo e a obediência à Igreja, que, mais tarde, se tornariam os alicerces fundamentais da Companhia de Jesus.

Em Paris, Inácio conheceu aqueles que seriam seus primeiros companheiros. Com eles, fez o voto de pobreza e decidiu ir novamente à Terra Santa. Porém, não foi possível por causa da guerra entre Veneza e os Turcos. Então, Inácio e seus companheiros se apresentaram ao Papa, ao qual prometeram obediência. O Papa disse-lhes: “Por que ir a Jerusalém? A Itália é uma boa Jerusalém para produzir frutos para a Igreja”.

A Companhia de Jesus

Em 1538, o Papa Paulo III concedeu a aprovação canônica à Companhia de Jesus, que, desde então, foi animada pelo zelo missionário: os Padres Peregrinos ou Reformados - só depois foram chamados Jesuítas – foram enviados a toda a Europa e, depois, à Ásia e ao mundo inteiro; levavam, em todos os lugares, seu carisma de pobreza, caridade e obediência absoluta à vontade do Papa.

Um dos principais problemas que Inácio enfrentou foi a preparação cultural e teológica dos jovens: por isso, formou um corpo de docentes e fundou diversos colégios -, que, ao longo dos anos, adquiriram fama internacional, graças ao altíssimo nível científico, - e um programa de estudos, que foi tomado como modelo também por Institutos não religiosos.

Em Roma

Por obediência ao Papa, Inácio permaneceu em Roma para coordenar as atividades da Companhia e cuidar dos pobres, órfãos e enfermos, a ponto de merecer o título de “apóstolo de Roma”.

Dormia cerca de quatro horas por noite, a fim de continuar seu trabalho e compromisso, apesar dos sofrimentos, por causa de uma cirrose hepática e por cálculos biliares, até esgotar suas forças.

Morreu na sua pobre cela, em 31 de julho de 1556. Seus restos mortais encontram-se sob o altar do braço esquerdo do transepto da Igreja de Jesus, no centro de Roma, um dos monumentos mais lindos da arte Barroca romana.

S. Justino de Jacobis, da Congregação da Missão, bispo na Abissínia

Considerado "apóstolo da Etiópia", São Justino de Jacobis foi, em primeiro lugar, um religioso da Congregação da Missão, um homem que "em uma região bem distante de sua terra natal” se tornou "mensageiro do Evangelho de Cristo". Assim, Paulo VI delineou a figura deste Bispo, que viveu em 1800, durante a cerimônia de canonização - em 26 de outubro de 1975 – acrescentando, ao mesmo tempo, outros aspectos deste Santo conhecido como o "pai da Igreja na Etiópia": "plena disponibilidade ao mandato missionário, contínua preocupação em formar o clero indígena, ação ecumênica".

A vocação

Nascido em São Fele, província de Potenza, sul da Itália, em 9 de outubro de 1800, ainda criança mudou-se para Nápoles com sua família. Ali, em 1818, um sacerdote Carmelita intuiu a vocação do jovem Justino e o encaminhou à comunidade dos missionários Vicentinos. Transferido para a Apúlia. Em 18 de junho de 1824, foi ordenado sacerdote na catedral de Brindes. Em 1836, voltou para Nápoles. Durante uma epidemia de cólera, o sacerdote dedicou-se, sem reservas, aos doentes da cidade.

Missão Vicentina

Dois anos depois, os Vicentinos partiram em missão para Adua, na Etiópia, aonde o Padre Justino chegou em 13 de outubro de 1839. Ali, ficou encarregado da região do Tigre, onde estabeleceu a primeira verdadeira missão intitulada Vicariato da Abissínia. Com o tempo, juntaram-se a ele dois confrades italianos, aos quais se uniu também o monge etíope, Ghébré Michael, que se converteu ao catolicismo e foi proclamado Beato em 1926. Converteram-se também cerca de cinco mil indígenas.

Para preparar o clero local, Justino fundou um seminário, chamado "Colégio da Imaculada". Instituiu ainda outros centros missionários em Gondar, Enticciò, Guala. Em 8 de janeiro de 1849, Justino de Jacobis foi ordenado Bispo titular de Nilópolis.

Depois da perseguição de Teodoro, ocorreu, em 1855, o martírio do primeiro sacerdote indígena, precisamente o monge Ghébré Michael, seguido pelo exílio do Bispo de Jacobis, que morreu em 31 de julho de 1860, em Eidale, na Eritreia.

Calendário Litúrgico

31 de julho: Santo Inácio de Loiola, presbítero

Memória

Leituras e Evangelho de Hoje

1ª Leitura: Ex 40,16-21.34-38
Salmo Responsorial: Sl 83(84),3.4.5-6a e 8a.11 (R. 2)
Evangelho: Mt 13,47-53

Cor Litúrgica: White

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🙏 Vésperas
📅 Calendário Litúrgico