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Santo do dia 4 de novembro

Santo do dia 4 de novembro | Celebrando a Vida dos Santos da Igreja
 
 

Santo do Dia 4 de novembro: Celebrando a Vida dos Santos da Igreja

 
Todos os dias, a Igreja Católica homenageia um santo ou beato que se destacou por sua fé, dedicação e amor a Deus. O Santo do Dia é uma oportunidade para os fiéis conhecerem melhor a história da Igreja e se inspirarem no testemunho desses homens e mulheres que viveram segundo os ensinamentos de Cristo.
 

O Significado do Santo do Dia

 
A celebração do Santo do Dia é uma tradição da Igreja que nos ajuda a recordar a vida daqueles que foram exemplos de fé e santidade. Os santos podem ter sido mártires que morreram defendendo sua fé, missionários que espalharam o Evangelho ou pessoas comuns que, com simplicidade, viveram em profunda comunhão com Deus.
 
Conhecer a história de cada santo nos inspira a viver com mais amor, paciência e esperança, além de nos lembrar que todos somos chamados à santidade.
 

Por Que Celebramos os Santos?

 
Os santos são modelos de vida cristã. Suas histórias mostram que, independentemente das dificuldades, é possível viver segundo a vontade de Deus. Além disso, os fiéis costumam pedir a intercessão dos santos, pois acreditam que eles estão próximos de Deus e podem interceder por nossas necessidades.
 
Acompanhar o Santo do Dia é uma maneira de fortalecer nossa caminhada espiritual e aprender com aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço de Deus. Que possamos seguir seus exemplos e buscar, a cada dia, viver com mais amor, fé e esperança!
 
🙏 Que o Santo do Dia de hoje interceda por nós e nos inspire a viver segundo a vontade de Deus!
 
S. Carlos Borromeu, arcebispo de Milão e cardeal

Das margens do Lago Maggiore pode-se ver a estátua de São Carlos Borromeu, que predomina sobre a cidadezinha de Arona: construída no século XVII, tem 35 metros de altura, incluindo sua base. A escultura em cobre e ferro representa o Arcebispo de Milão que abençoa. No entanto, o monumento tem uma particularidade: pode ser visitado por dentro, graças a uma longa escadaria. Quem consegue subir os numerosos degraus, pode admirar o mundo subjacente por meio de duas aberturas nos olhos de Borromeu. Nisto consiste o ensinamento deste Santo: olhar o mundo através dos seus olhos, isto é, através da sua caridade e humildade.

De "bispo-menino" a "gigante da santidade"

Primeiro, "bispo-menino", depois "gigante da santidade". A vida de São Carlos Borromeu desenvolveu-se sobre estes dois polos, em uma aceleração do tempo, proporcional à sua ação pastoral.
De fato, o pequeno Carlos queimou as etapas: nasceu em 2 de outubro de 1538, em Arona, na nobre família Borromeu, sendo o segundo filho de Gilberto e Margarida. Com apenas 12 anos, recebeu o título de "comendatário" de uma abadia beneditina local. Seu título honorífico proporcionava-lhe uma renda considerável, mas o futuro Santo quis destinar seus bens à caridade dos pobres.

O Concílio de Trento

Carlos Borromeu estudou Direito Canônico e Direito Civil em Pavia. Em 1559, aos 21 anos, tornou-se Doutor in utroque jure.
Poucos anos depois, faleceu seu irmão mais velho, Frederico. Muitos aconselharam Carlos a deixar o encargo eclesiástico para ser chefe de família. Ao invés, decidiu seguir sua vocação sacerdotal.
Em 1563, aos 25 anos, foi ordenado sacerdote e, logo a seguir, consagrado Bispo, título que lhe permitiu participar das últimas etapas do Concílio de Trento (1562-1563). Assim, tornou-se um dos principais promotores da chamada "Contra-reforma" e colaborador na redação do"Catecismo Tridentino".

Arcebispo de Milão com apenas 27 anos

Colocando logo em prática as orientações do Concílio, que obrigava os Pastores a residir em suas respectivas dioceses, em 1565, com apenas 27 anos de idade, Carlos tomou posse da Arquidiocese de Milão como Arcebispo.
A sua dedicação à Igreja ambrosiana foi total: fez três visitas pastorais em todo o território, dividindo-o em Circunscrições; fundou Seminários para ajudar a formação dos sacerdotes; mandou construir igrejas, escolas, colégios, hospitais; fundou a Congregação dos Oblatos, sacerdotes seculares; deu aos pobres toda a riqueza da sua família.

"Conquistar as almas de joelhos"

Carlos dedicou-se a uma profunda reforma da Igreja, começando por dentro. Em uma época bastante delicada para a cristandade, o "menino-bispo" não teve medo de defender a Igreja contra as ingerências dos poderosos e tampouco lhe faltou coragem para renovar as estruturas eclesiais, sancionando e corrigindo seus erros.
Ciente de que a reforma da Igreja, para ser crível, tinha que começar pelos Pastores, Borromeu levou os sacerdotes, religiosos e diáconos a acreditar mais na força da oração e da penitência, transformando as suas vidas em um verdadeiro caminho de santidade. "Almas – repetia sempre – devem ser conquistadas de joelhos".

"Pastores devem ser servos de Deus e pais do povo"

A sua ação pastoral, profundamente animada pelo amor de Cristo, não lhe poupou hostilidades e resistências. Contra ele, os chamados "Humilhados" - ordem religiosa com risco de desvios doutrinários - organizaram um atentado, disparando em suas costas um tiro de mosquete, enquanto o futuro Santo estava recolhido em oração.
O ataque falhou e Carlos continuou a sua missão, porque "queria que os Pastores fossem servos de Deus e pais do povo, especialmente dos pobres" (Papa Francisco em Audiência à Comunidade do Pontifício Seminário Lombardo em Roma, 25.01.2016).

A epidemia de Milão

Pelos anos ‘70 de 1500, abateu-se uma epidemia sobre Milão. A cidade sucumbiu diante da pestilência e da escassez, podendo contar somente com seu Arcebispo, que não poupou esforços: fiel ao seu lema episcopal, "Humilitas", entre 1576 e 1577 visitou, consolou e empregou todos os seus bens para ajudar os enfermos.
Sua presença entre as pessoas foi tão constante que aquele período permaneceu nos anais da história como a "praga da São Carlos". Séculos depois, até Alessandro Manzoni comentou este fato em seu romance "Os noivos".

Peregrinação ao Sudário

O Arcebispo de Milão desempenhou também um papel fundamental para a vinda do Sudário à Itália. Por seu ardente desejo de rezar diante do Linho Sagrado, os duques de Savóia, em 1578, decidiram trasladar o Sudário de Cristo do Castelo de Chambéry, na França, para Turim, onde permaneceu até hoje. Borromeu foi para lá, em peregrinação a pé, caminhando por quatro dias, em jejum e oração.

A "Urna" na Catedral de Milão

O físico enfraquecido de Carlos Borromeu, devido aos muitos esforços, começou a ceder e se rendeu em novembro de 1584, vindo a falecer com apenas 46 anos, deixando, no entanto, uma imensa herança moral e espiritual.
Carlos Borromeu foi beatificado em 1602, por Clemente VIII e, depois, canonizado em 1610, por Paulo V. Desde então, seus restos mortais descansam na Cripta da Catedral de Milão, no chamado "Scurolo" (urna), coberto com painéis de prata, que descrevem a sua vida.

Estes Santos viveram entre os séculos III e IV. Agrícola era cristão de Bolonha e Vital era seu servo, que o seguiu em sua conversão. Perseguido por ser cristão, Vital foi preso por primeiro e torturado sob os olhos do seu patrão. Este, por sua vez, também aceitou o martírio com coragem.  

Calendário Litúrgico

4 de novembro: São Carlos Borromeu, bispo

Memória

Leituras e Evangelho de Hoje

Reading 1 : Romans 12:5-16ab
Responsorial Psalm : Psalm 131:1bcde, 2, 3
Alleluia : Matthew 11:28
Gospel : Luke 14:15-24

Cor Litúrgica: White

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